Moldura NFC - Tecnologia Assistiva

Pensando em deixar mais acessível os espaços escolares, especialmente os murais de exposição, para alunos com baixa ou nenhuma visão, tivemos a ideia de utilizar tecnologia com recurso auditivo contendo uma descrição bem construída do conteúdo do mural. Esta produção também poderá ser feita pelos alunos. Como solução para esse desafio, prototipamos uma moldura de pequeno porte interativa. Nela contém o título escrito em inglês do tema tratado, uma placa em Braile como mesmo título e 3 etiquetas interativas com diferentes texturas.

Esse trabalho foi realizado no nosso espaço Thomas Maker no projeto de Tecnologia Assistiva de 2019. Integrantes da equipe: Rafael, Larissa, João Victor, Maria Vitória, Maria Eduarda, Roberta e Suzana.

• Acrílico
• EVA
• Feltro
• Lixa
• Fita dupla face
• Tags NFC
• Impressão 3D (PLA)
• Tinkercad (Computer)
• Impressão (paper)
• Illustrator
• Cellphone with NFC recorder APP

O primeiro passo é cortar a base que receberá os títulos, a placa em braile e as etiquetas NFC. Optamos por usar acrílico para ficar mais leve e bonito e para a missão trabalhamos com a cortadora Laser. Gravamos nesta moldura os espaços onde vamos colocar todos os componentes para facilitar o alinhamento. Cortamos em acrílico de 6mm na Cortadora Laser que tem 90w de potência nas seguintes configurações: potência de 62% e velocidade 10, e gravação em potência 11% por 20 de velocidade. IMPORTANTE: as configurações da cortadora Laser variam de máquina para máquina, faça sempre o teste de corte.

As diferentes texturas foram cortadas em cores vivas e contrastantes. Usamos o vermelho (feltro), azul (E.V.A.) e branco (lixa), tamanho 2,8cm que é um pouquinho maior do que o tamanho da nossa etiqueta de NFC (2,5cm). Colar a tag NFC na moldura e com fita dupla face cole a textura por cima.

Para fazer o título usamos o software Illustrator, mas é possível usar qualquer outro software de sua preferência. O importante é colocar no tamanho do molde que é de 6,5cm largura e 3,5cm de altura. Procure fazer um título bem chamativo e visualmente interessante. Imprimir em papel sulfite, recortar e colar com fita dupla face na moldura.

A placa em braile foi impressa em 3D, tamanho 6,5cm largura e 3,5cm de altura e 3mm de altura da base + 1mm das bolinhas. Uma dica é imprimir a placa em pé, para que não tenha restos de plástico por cima das bolinhas, porque isso dificulta a leitura dos cegos.

Cole a placa com fita dupla face na moldura.

Alfabeto Braile: https://casadaptada.com.br/2015/05/braile-facil/tx...

Tinkercad: https://www.tinkercad.com/things/9WOLWJg4HGY

Com um Tablet e um microfone (é possível fazer sem o microfone, mas a qualidade diminui) gravamos em MP3 o conteúdo selecionado usando um APP de gravação, mas é possível fazer direto do computador. Colocamos em uma pasta compartilhada do Google Drive ( https://drive.google.com/open?id=1nyeiEu23_bAVU64l...) e usamos esse link para programar a etiqueta NFC. Existem vários tipos de APP que programa essa etiqueta, aqui escolhemos o NFC tools para Android, e escrevemos na etiqueta como URL mesmo.

-Grave o áudio e faça Upload no Google Drive em MP3

-Baixe o APP no seu celular

-Apague qualquer dado que possa conter na sua etiqueta NFC usando o APP e aproximando seu celular da etiqueta.

-Grave na etiqueta com a URL do áudio usando o APP e aproximando seu celular da etiqueta.

A moldura permite várias possibilidades de uso como facilitar a mobilidade dos cegos pela escola e também fora dela, se a etiqueta conter uma descrição direcionando os alunos a diferentes lugares, como a biblioteca ou à parada de ônibus. Pode também ser usada sozinha como elemento cultural da escola, falando sobre a escola ou com conteúdos diversos produzidos pelos alunos (podcasts, referências sobre temas, poesia, etc). Pode complementar trabalhos em sala como instruções de maquetes ou conter regras de uso de determinado espaço ou até mesmo configurar os aparelhos celulares para ficarem no silencioso em determinado ambiente ou passar dever de casa para os alunos na saída da sala. Enfim, muitos usos podem ser aplicados com essa tecnologia e agora podem ser percebidos pelos alunos cegos, alcançando inclusive outros públicos como os disléxicos, os não alfabetizados ou os falantes de apenas uma das línguas.

Como uma segunda fase do projeto projetamos uma leitora independente do celular, caso o aparelho não tenha essa tecnologia ou simplesmente tenha acabado a bateria. Ideamos fazê-la com arduino e sensores. Mas ainda não está pronta. :)